O Cardeal Dom Sergio, que esteve frente a Arquidiocese de Brasília por quase 9 anos, escreve uma carta de despedida para os irmãos e irmãs do Distrito Federal

GRATIDÃO A BRASÍLIA
Queridos irmãos e irmãs da Arquidiocese de Brasília,
Concluindo o período em que tive a graça de exercer o ministério episcopal como Arcebispo de Brasília, por nove anos, quero expressar, mais uma vez, ação de graças a Deus e profunda gratidão a todos os que têm me acompanhado com fraterna estima, orações e valiosa colaboração pastoral. Por tudo, dou graças a Deus, Por tudo, agradeço a querida Arquidiocese de Brasília. Em Brasília, me senti amado e acolhido numa grande família marcada pela convivência fraterna entre pessoas de diversas origens. Muito obrigado pelas inúmeras vezes em que fui acolhido com tanta generosidade.
Agradeço muito a Deus por esses anos de trabalho, em meio a tantos desafios pastorais. Tive a graça de ver o crescimento e a vitalidade da Igreja de Brasília em inúmeras ocasiões, nas celebrações e atividades pastorais. Nada foi realizado sem a graça de Deus e a colaboração dedicada e generosa de tantas pessoas que atuam nas paróquias, comunidades religiosas, pastorais, movimentos e organismos eclesiais, às quais muito agradeço, bem como na Cúria Arquidiocesana, Tribunal Eclesiástico, Seminários, Casa do Clero e demais instituições religiosas.
Gostaria de ter feito muito mais pela Igreja, em Brasília, e ter servido melhor. Peço perdão por não conseguir dar toda a atenção merecida por que cada um e pelas diferentes realidades de Brasília.
Há muito ainda a fazer para realizar a missão de “evangelizar a todos, com novo ardor missionário, nos diversos espaços do Distrito Federal”. Por isso, permaneçam unidos, sendo sempre mais Igreja missionária, misericordiosa e acolhedora, como temos procurado viver, em comunhão com o Papa Francisco. Durante estes nove anos, pude ressaltar em inúmeras ocasiões três palavras que nortearam o nosso trabalho: participação, comunhão e missão. Procuramos promover, o mais possível, a participação de todos, a união entre todos e o espírito missionário.
Por um desígnio da Divina Providência, pudemos celebrar, com alegria e grande participação do clero e dos fiéis, o Ano Jubilar durante o sexagésimo ano de criação da Arquidiocese e não após ter sido completado os 60 anos, o que não seria possível neste período difícil de pandemia. Continuemos a louvar a Deus pela história bonita da Igreja em Brasília, que tem em nossa bela Catedral a sua expressão visível que a todos encanta.
Agradeço a todos os irmãos e irmãs que têm me acompanhado com suas orações, com sua fraterna estima e com a valiosa colaboração pastoral, sem os quais eu não teria vivido o meu ministério episcopal. Minha gratidão imensa aos queridos irmãos e amigos Bispos auxiliares, D. José Aparecido e D. Marcony, aos quais muito devo; ao bispo emérito Dom Terra, ao Sr. Arcebispo emérito Cardeal Dom Falcão, que tem sido para mim, pai e irmão, aos padres e diáconos, aos religiosos e religiosas, aos seminaristas, aos fiéis leigos e leigas, uma multidão de irmãos que colaboram de modo admirável na missão da Igreja. Agradeço, de modo especial, a todos os que colaboraram comigo assumindo funções arquidiocesanas, sempre muito exigentes, saudando o nosso vigário geral Mons. Jeová Elias, bispo eleito de Goiás. Estendo este agradecimento ao Sr. Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Aniello e aos seus colaboradores na Nunciatura Apostólica; ao Sr. Cardeal Dom Damasceno e aos Srs. Bispos do Regional Centro-Oeste. Agradeço ainda a atenção recebida das autoridades civis ao longo destes anos. Por tudo, muito obrigado a todos!
Rezem por mim e pela Igreja de São Salvador da Bahia. Estejam certos que estarão sempre no meu coração e nas minhas orações. Suplico as bênçãos de Deus para todos, pela intercessão de nossa Padroeira, Nossa Senhora Aparecida. Amém!
Brasília, 30 de maio de 2020.
Cardeal Dom Sergio da Rocha
0 Comentários